quarta-feira, dezembro 07, 2011

Pimentão, morango e pepino lideram ranking dos alimentos com mais agrotóxicos.

A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que o pimentão, o morango e o pepino são os três alimentos que apresentaram o maior número de amostras contaminadas por agrotóxico na pesquisa do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para), realizada em 2010. Entre 146 amostras de pimentão analisadas, 92% apresentaram irregularidades, como teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. No caso de morando e pepino, dados revelados nesta quarta-feira apontam que há problemas em 63% e 57% das amostras, respectivamente.

Entre os 18 alimentos submetidos ao teste, apenas a batata apresentou índice zero de contaminação após análise de 145 unidades do alimento. Em 2002 o índice chegou a 22%, segundo a Anvisa.

Uma média de 140 unidades de cada alimento foi analisada. Além da batata, aqueles que tiveram resultado mais satisfatórios foram a cebola, com 3,1% de produtos contaminados, manga (4%), repolho (6,3%), feijão (6,5%) e o arroz (7,4%). Cenoura (49,6), alface (54,2), abacaxi (32,8%), beterraba (32,6%) , couve (31,9), mamão (30,4) apresentaram grande número de amostras contaminadas.

Do total de 2.488 de amostras que passaram pelo teste do Para, 694 (28%) apresentaram presença excessiva de agrotóxico ou uso indevido de alguns produtos. “São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”, afirma o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Os testes identificam até 167 tipos diferentes de agrotóxicos em cada unidade.

A Anvisa esclarece que a pesquisa não tem caráter punitivo. A inteção é alertar e orientar os supermercados para que não comprem produtos de agricultores reincidentes. A fiscalização deve ser feita pela vigilância sanitária do município, que pode aplicar multas de até R$1,5 milhões, segundo a assessoria da Anvisa.

As amostras foram colhidas em todo o país, com exceção de São Paulo, que possui um programa estadual de teste. A escolha foi feita baseada no consumo básico diário do brasileiro e na distribuição da lavoura pelo território nacional.

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