Glaucoma: Fator genético corresponde a 30% do risco da doença
Uma das principais causas de cegueira no
mundo se deve a uma doença silenciosa, sem cura e que com frequência é
diagnosticada quando já está em fase avançada: o glaucoma. Estima-se que
60 milhões de pessoas no mundo tenham a condição, sendo 1,5 milhão no
Brasil, e que 8 milhões de indivíduos não enxerguem devido a
complicações do problema.
O glaucoma é caracterizado por uma lesão
no nervo óptico provocada principalmente pelo aumento da pressão
intraocular. O nervo óptico é o responsável por levar as imagens
captadas pela retina ao cérebro. Por isso, a condição compromete a visão
de forma progressiva e irreversível – e pode, em alguns casos, causar
cegueira. De acordo com a Glaucoma Research Foundation, 10% das pessoas
que recebem tratamento apropriado contra o problema perdem completamente
a visão mesmo assim.
A fase inicial do glaucoma não tem
sintomas. Quando o paciente começa a se queixar de problemas
relacionados à perda da visão periférica – como esbarrar nas paredes ou
tropeçar em degraus —, a doença já avançou. “Cerca de 80% dos pacientes
brasileiros com glaucoma já chegam ao consultório com sintomas, ou seja,
na fase mais avançada da doença”, diz Francisco de Lima, presidente da
Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).
A doença pode ser diagnosticada em sua
fase inicial e assintomática. Para isso, é necessário que os indivíduos,
especialmente os que têm mais de 40 anos, mantenham uma rotina de ir ao
oftalmologista pelo menos uma vez ao ano – mesmo se não se queixarem de
nenhum problema ocular. “Qualquer consulta oftalmológica inclui exames
de pressão ocular e de fundo de olho que podem acusar o glaucoma”, diz
Lima.
Esses exames também previnem o glaucoma,
uma vez que a pressão alta pode ser controlada. Além disso, médicos
recomendam hábitos saudáveis, como exercitar-se com frequência e evitar o
cigarro, como forma de diminuir o risco da doença.
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