quarta-feira, outubro 09, 2019

Defensores dos direitos de soropositivos pedem mais ações na saúde.

Representantes de entidades de defesa dos direitos das pessoas com HIV se reuniram ontem (8) na Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, para discutir políticas públicas voltadas a essa população. 

Entre as avaliações feitas estão as mudanças promovidas pelo decreto nº 9.795/2019 no Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, o antes Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. Os representantes das organizações pediram mais espaço em editais para a condução das ações geridas pelo departamento. 

Outra avaliação dos presentes foi a necessidade de revisão das ações educativas sobre HIV e Aids. Alexandre Boer, da organização não governamental (ONG) Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade, diz que a prevenção não pode ficar circunscrita à distribuição de preservativos e deve envolver a disseminação de orientação, inclusive em escolas. 

Boer argumenta que a divulgação desse tipo de informação tem diminuído e que houve redução do alcance dos trabalhos das ONGs porque o governo federal critica esse tipo de instituição. Ele acrescenta que, antes, as ONGs conseguiam realizar uma abordagem "entre pares", ou seja, que pessoas LBGTI+ tinham condições e recursos para poder conversar sobre doenças sexualmente transmissíveis com esse público, o que, para ele, é o ideal a se fazer. "Não é deixar a camisinha lá e achar que isso é a disponibilização. Isso é prevenção, disponibilizar o uso de camisinha?", destaca Boer.

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