Até chegar a leucócitos, eritrócitos, trombócitos e todos aqueles outros “ócitos” conhecidos por quem já fez um hemograma, as células do sangue precisam se diferenciar. Todas elas têm uma origem comum: uma única célula que, mais tarde, ficará especializada e desempenhará diferentes funções. Identificar essa estrutura pode ser a base para tratamentos eficazes voltados a pessoas que sofrem com doenças relacionadas ao sistema sanguíneo, como as leucemias. Foi o que um grupo de cientistas canadenses conseguiu fazer, 50 anos depois da descoberta das células-tronco.
Em um artigo publicado na edição desta segunda da revista Science, eles descrevem a identificação de uma rara célula humana hematopoética (CTH) em sua forma mais elementar. “Uma pequena estrutura capaz de regenerar todo o sistema sanguíneo”, de acordo com a definição dos autores. Como toda célula-tronco, as hematopoéticas são capazes de se dividir e autorrenovar indefinidamente, mas a diferença é que, quando maduras, especializam-se no tecido do sangue e nos componentes do sistema imunológico. Essas células são encontradas na medula óssea, no sangue periférico ou no cordão umbilical. O estudo canadense usou o cordão como fonte de material para a pesquisa.
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