O delegado Marcelo Arigony, que cuida das investigações do incêndio na
Boate Kiss, confirmou nesta quarta-feira (30) que está com dificuldades
de conseguir prorrogar a prisão dos quatro envolvidos no caso.
Elissandro Spohr está preso temporariamente por cinco dias e deve ser
posto em liberdade na sexta-feira (1º). Além dele, estão presos dois
integrantes da banda Gurizada Fandangueira e o outro sócio da boate,
Mauro Hoffman.
— Pedimos a prisão temporária por 30 dias e só conseguimos cinco.
Agora precisamos renovar essas prisões e estamos com dificuldade. Não é
culpa do promotor, do juiz ou do delegado, é a legislação que exige
requisitos muito específicos.
Segundo ele, há uma preocupação com a preservação de provas e com a
possibilidade de que os suspeitos possam corromper testemunhas.
— Um deles [sócio da boate], por exemplo, tem muita influência sobre os funcionários.
Apesar disso, o promotor criminal Joel Dutra também admitiu que será
difícil manter os suspeitos presos. De acordo com ele, a legislação é
feita para privilegiar a liberdade, enquanto não houver julgamento,
questões como o clamor público não podem ser usadas para justificar as
prisões temporárias.
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