Uma professora quase ficou cega depois de ser agredida por um aluno em
Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo. A confusão
começou durante um apagão na escola. Os alunos cortaram a energia
elétrica para fazer arrastões nas salas de aula.
Os olhos dela ficaram roxos, inchados e dormentes. Por pouco, a
professora de filosofia não ficou cega. Maria de Fátima Costa dos Santos
foi agredida por um aluno que arremessou uma lixeira no rosto dela.
— Dá medo, porque nós temos famílias. Eu, por exemplo, sou casada e
tenho três filhos. A primeira preocupação que vem é dos meus filhos que
estavam em casa.
Essa agressão aconteceu durante um apagão de energia na escola. Esses
apagões são provocados pelos próprios alunos. Eles desligam a chave
geral e, com a escola no escuro, agridem e furtam alunos e professores.
Os funcionários e alunos da escola estão com medo. Por causa da
agressão, as aulas do período noturno foram suspensas por dois dias. O
estudante que provocou o apagão foi identificado e, nos próximos dias,
um conselho deve definir o futuro dele.
— As normas regimentais geralmente são a suspensão do aluno ou uma transferência compulsória para este aluno.
Ainda não se sabe quem é o aluno que arremessou a lixeira. Daqui a uma
semana, a professora vai fazer novos exames. Maria de Fátima é
professora há sete anos. Depois desse episódio, ela ainda não sabe se
irá voltar ao trabalho.
— Eu escolhi ser professora, então tenho que pensar se vale a pena ou não.
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