segunda-feira, março 25, 2013

Dilma deve vetar em MP favorecimento à indústria de armas.

A presidente Dilma Rousseff deve vetar no texto final da Medida Provisória 582, que prevê a redução dos encargos sociais (contribuição previdenciária) sobre a folha de pagamento de empresas de diversos setores, os artigos que concedem esse benefício fiscal à indústria de armas e munições. Os ministérios da Justiça e da Fazenda já recomendaram à presidente Dilma este veto. Derivado da MP 582, o chamado projeto de lei de conversão foi aprovado pelo Congresso no final de fevereiro e está nas mãos da presidente Dilma para ser sancionado. 

O prazo para sanção da nova lei é o dia 2 de abril. Os autores das emendas que beneficiam o setor de armas foram os deputados Sandro Mabel (PMDB-GO) e Guilherme Campos (PSD-SP). Ambos tiveram campanhas eleitorais financiadas por empresas ligadas à Associação Nacional das Indústrias de Armas e Munições.

Durante a tramitação da MP 582 no Congresso, 41 deputados e 15 senadores apresentaram 242 emendas ao texto, visando a estender as benesses fiscais para diversos outros segmentos. A medida original do governo previa os benefícios para 15 setores, com o objetivo de desonerar a folha de pagamento e reduzir custos das empresas, como forma de estimular o parque industrial e ajudar o país a se precaver contra a crise internacional. A proposta do governo, dependendo do setor, é zerar a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento e tributar o faturamento com percentuais de 1% a 2%. O Congresso incluiu outros 33 setores, e a presidente Dilma deve vetar o benefício para a maior parte deles, ou vetar todos que foram incluídos. Mas, em muitos casos, o governo fará isso com promessas da equipe econômica de aprovar novas desonerações no ano que vem. 

O setor de armas não estaria entre os próximos beneficiários, até porque o ministério da área, o da Justiça, é contra o benefício. Diferente, por exemplo, das empresas de comunicação, que contam com posição favorável do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

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