Os preços dos medicamentos vendidos no
país poderão ser reajustados a partir deste sábado. O anúncio foi
publicado no Diário Oficial do último dia 12. De acordo com a Câmara de
Regulação do Mercado de Medicamentos, do Ministério da Saúde, o reajuste
deve ser calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), entre março de 2011 e fevereiro de 2012, nos ganhos de
produtividade das empresas de medicamentos e no preço dos insumos usados
na produção dos remédios.
“É justo que as empresas reajustem o
preço de seus produtos. É a lei do mercado. No entanto, o grave problema
da falta de acesso a medicamentos deve ficar ainda mais complicado para
a população. Precisamos de alguma saída que melhore as condições de
quem precisa e não consegue seguir um tratamento medicamentoso, por não
ter recursos suficientes para isso”, diz Rodrigo Bacellar, diretor da
PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadora de PBM (Programa de
Benefício em Medicamentos).
Segundo pesquisa divulgada em 2012 pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o gasto com a
saúde está entre as quatro maiores despesas das famílias brasileiras –
junto com habitação, alimentação e transporte.
“Muitas pessoas interrompem o tratamento
porque o dinheiro acaba”, diz Bacellar. Ele acredita que se mais
empresas adotassem o PBM, por meio de incentivos fiscais, e o Governo
isentasse os remédios de impostos, esse problema estaria muito próximo
de uma solução.
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