O papa Francisco celebrou na manhã desta
Quinta-feira Santa, que abre o Tríduo Pascal, a Missa do Crisma na
Basílica Vaticana. Em sua homilia, falou da simbologia dos ungidos, seja
na forma, seja no conteúdo. A beleza de tudo o que é litúrgico,
explicou, não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é
presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e
consolado.
“O óleo precioso, que unge a cabeça de
Aarão, não se limita a perfumá-lo, mas se espalha e atinge as
periferias. O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres,
os presos, os doentes e quantos estão tristes e abandonados. A unção não
é para perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num
frasco, pois o óleo tornar-se-ia rançoso e o coração amargo.”
Para o Papa Francisco, o bom sacerdote
reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo: “Nota-se quando o povo é
ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o
rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho
quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu
dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da
realidade, quando ilumina as situações extremas, «as periferias» onde o
povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua
fé”.
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