A ONG
Anistia Internacional criticou segunda-feira, 25, a permanência do deputado e
pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara.
"As
posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT e
mulheres, expressas em diferentes ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o
tornam uma escolha inaceitável para a presidência da Comissão de Direitos
Humanos e Proteção de Minorias", diz a ONG.
Leia
a íntegra da nota:
"A
Anistia Internacional vem a público expressar sua preocupação com a permanência
do Deputado Marco Feliciano na Presidência da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara dos Deputados, mesmo após enorme mobilização de diferentes
setores da sociedade brasileira, especialmente daqueles ligados às lutas pelos
direitos de populações tradicionalmente vítimas de intolerância e violência,
solicitando a sua substituição.
A
Comissão de Direitos Humanos é uma instância fundamental para a efetivação das
garantias de cidadania estabelecidas na Constituição. É essencial que seus
integrantes sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e possuam
trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra
discriminações e violações que continuam a fazer parte do cotidiano da
sociedade brasileira.
As
posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT e
mulheres, expressas em diferentes ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o
tornam uma escolha inaceitável para a presidência da Comissão de Direitos
Humanos e Proteção de Minorias. É grave que tenha sido alçado ao posto a
despeito de intensa mobilização da sociedade em repúdio a seu nome.
A Anistia
Internacional espera que os(as) parlamentares brasileiros(as) reconheçam o
grave equívoco cometido com a indicação do Deputado Feliciano e tomem
imediatamente as medidas necessárias à sua substituição. Direitos fundamentais
não devem ser objeto de barganha política ou sacrificados em acordos
partidários.
Anistia
Internacional Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário