Pais que não gostam de redes sociais e preferem manter distanciamento
precisam ficar atento aos filhos. Em tempos de vida virtual, pedófilos
tem aproveitado as facilidades de anonimato que conseguem na rede
mundial para agir, na certeza da impunidade.
“‘Ah, mas eu não gosto das redes sociais’, escuto os pais falarem.
Mas os filhos gostam. Há duzentas redes sociais? Tem que olhar para
todas elas. Pedófilos agem muito sutilmente”, alertou o delegado da
Polícia Federal Rubens França, durante a audiência da CPI de Crimes
Cibernéticos, realizada nesta segunda-feira (5) na Assembleia
Legislativa.
Ele explica que a única forma de controle ainda é o monitoramento por
parte dos pais e explica qual a forma mais utilizada pelo pedófilos
para aliciar suas vítimas.
“Eles são sutis. Curtem uma foto, comentam outra, até criar um
vínculo em que acreditam qeu podem abrir um canal de diálogo. É na
conversa que começam a fortalecer a confiança. E aí cometem o crime”,
explicou o delegado.
A materialidade do crime ainda é algo que dificulta para os
investigadores. Conforme explicou França, o ato criminoso não de
configura na mera abertura de diálogo, por mais mal intencionado que
esteja o pedófilo. “O crime vem quando ele pede uma foto, por exemplo.
Por isso que hoje temos a discussão sobre os elementos preparatórios
para o crime e estudamos uma forma de como podemos tipificá-los”,
explicou o delegado.
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