A Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, que
acontecerá nesta quarta-feira no Maracanã, terá menos foco nos aspectos
históricos e mais apelo a emoção, além da montagem ao vivo de uma obra
de Vik Muniz.
"Ao contrário da cerimônia dos Jogos Olímpicos, que teve que remeter à
história, população e cultura do Brasil, nós tivemos mais liberdade para
montar um espetáculo diferente. Será uma cerimônia muito mais humana e
multisensorial", afirmou o escritor Marcelo Rubens Paiva, um dos
diretores criativos do evento.
O romancista disse que a festa que marca o início das competição foi
idealizada mais com intuito de causar impacto aos espectadores e menos
com o objetivo de apresentar o país ao mundo.
"É lógico que apresentaremos as praias do Rio de Janeiro e o samba, mas
nossa prioridade é valorizar a humanidade, transmitir uma mensagem de
tolerância e impactar os sentidos. Teremos um espetáculo cuja a intenção
não é contar uma história, mas sim, emocionar", disse Paiva, em
entreivista coletiva.
Um dos pontos altos da cerimônia será uma gigantesca obra de arte de
Vik Muniz, que será montada ao vivo durante o desfile das delegações dos
176 países que disputarão os Jogos Paralímpicos. Ao todo, serão 500
placas, carregadas pelos atletas, que serão unidas para formar um
mosaico, que só será revelado depois de pronto.
O artista plástico, aliás, é outro integrante do trio de diretores criativos, que também conta com o designer Fred Gelli.
O desfile das delegações será uma novidade da Abertura, pois acontecerá
no decorrer de apresentações musicais e artísticas. Os primeiros
esportistas entrarão no Maracanã já com 18 minutos de cerimônia e não
apenas na parte final.
"Foi para atender um pedido dos próprios paratletas, que se queixaram
que precisam ficar muitas horas fora do estúdio, e aí perdiam o
espetáculo", explicou Paiva.
Entre as apresentações musicais confirmadas estão Maria Rita, Diogo
Nogueira, Monarco, Teresa Cristina, Pretinho da Serrinha, além de
Gabrielzinho de Irajá, deficiente visual que terá papel de destaque na
cerimônia.
O diretor de cerimônias dos Jogos Paralímpicos, Leonardo Caetano,
afirmou que a equipe logística será similar a da Abertura da Olimpíada,
com cerca de 2 mil técnicos. Além disso, 2 mil voluntários e 500
artistas participarão da festa, incluindo duas companhias de dançarinos
em cadeira de rodas.
Atletas paralímpicos e esportistas com necessidades especiais também
farão parte do evento, como a americana Amy Purdy, medalhista no
snowbord dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que utiliza próteses nas
duas pernas.
"Estou muito empolgada. Será uma experiência incrível. Minha
apresentação tem a ver com a relação entre o homem e a tecnologia",
disse a atleta. Via Terra.
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