As autoridades filipinas elevaram nesta segunda-feira (29) para mais
de 80 mil as pessoas retiradas da região do vulcão Mayon, no Leste do
país, onde permanece o alerta de uma possível explosão, apesar da
redução de sua atividade nas últimas horas.
O Mayon, em intensa
atividade desde o dia 13, não registra erupção desde a tarde desse
domingo (28), o que contrasta com o registro de até dez explosões
diárias, observadas na semana passada.
Mesmo assim, "é difícil
avaliar se o vulcão vai seguir com essa tendência nos próximos dias",
disse à Agência EFE o especialista Winchelle Sevilla, da agência
vulcanológica filipina.
Sevilla assegurou que "ainda existe o risco de ocorrer uma erupção de grande potência nos próximos dias ou semanas".
Por
isso, as autoridades mantêm o alerta em nível quatro - que considera
possível uma erupção perigosa nas próximas horas ou dias - de uma escala
de 5.
Além disso, foi delimitada uma zona de exclusão em um raio
de 8 quilômetros desde a cratera, que inclui uma área de máximo perigo
em um raio de 6 quilômetros.
Um total de 81.371 pessoas, de mais
de 21 mil famílias residentes na zona de exclusão, foi levado para
refúgios provisórios da região e, por enquanto, não pode retornar às
suas casas, segundo o último relatório do Escritório de Defesa Civil da
província de Albay.
A atividade do Mayon, que despertou em seis
ocasiões nas últimas três décadas, gerou o medo de reviver momentos
iguais aos da erupção do Pinatubo (noroeste de Manila) em 1991, a
segunda maior no século 20 e que deixou cerca de 850 mortos e mais de
1,3 milhão de deslocados.
Os especialistas da agência filipina,
no entanto, descartam que o Mayon possa gerar uma erupção tão potente
quanto a do Pinatubo.
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