quinta-feira, fevereiro 01, 2018

EUA criticam apoio russo a "regimes não democráticos" na América Latina

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, afirmou nesta quinta-feira (1o) ser "alarmante" a crescente presença da Rússia na América Latina e seu apoio a "regimes que não respeitam os valores democráticos" com venda de armas e equipamentos militares. A informação é da EFE.

Tillerson criticou o avanço da Rússia e da China na região no seu discurso de apresentação da sua primeira viagem à América Latina e o Caribe, que terá compromissos no México, Argentina, Peru, Colômbia e Jamaica, de hoje ao próximo dia 7.

"A América latina não precisa de novos poderes imperiais que só buscam o benefício próprio", declarou Tillerson na Universidade do Texas, em Austin, onde se graduou como engenheiro industrial.

"Os EUA continuarão a ser o parceiro mais estável, forte e duradouro da América Latina", disse ele, após criticar o apoio russo a países "não democráticos" e questionar "a que preço" a China faz negócios na região, com as suas "práticas de comércio injustas".

Tillerson pediu aos países latino-americanos para fortalecerem seus governos e instituições com o objetivo de "garantir sua soberania frente aos potenciais atores predadores que estão aparecendo", em referência à China e à Rússia.

"Nossa região deve estar em guarda contra os poderes distantes que não refletem os valores fundamentais da região. Os EUA são um claro contraste a isto. Não buscamos acordos a curto prazo com lucros assimétricos. Nós buscamos sócios", frisou.

O secretário de Estado criticou a China ao alegar que "oferece a aparência de um caminho atrativo para o desenvolvimento", mas provoca "lucros a curto prazo e uma longa dependência. A China é o maior parceiro comercial de Brasil, Peru, Argentina e Chile, mas com as suas práticas injustas prejudicou setores como o manufatureiro nestes países", argumentou.

"Hoje a China está se estabelecendo na América Latina. Usa o seu poder econômico para pôr a região sob sua órbita. A pergunta é: a que preço?", questionou.

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