O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou novo recurso da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para suspender prazo de resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente. O ministro já havia negado o pedido de 83 dias da defesa para a resposta, mas houve um recurso com o argumento de que não houve “acesso à íntegra dos autos”.
Moraes enfatizou na decisão, publicada nesta quinta-feira (27/2), que todos os documentos mencionados pelos advogados “estão juntados nos autos da Pet 12.100”. Por isso, ele considera que “não assiste razão à defesa de Jair Messias Bolsonaro”.
O
ministro ainda completou dizendo que foi “garantido amplo acesso aos
elementos de prova, inclusive a mesma prova analisada pela PGR, sendo
pacífico o entendimento do STF de que o denunciado se defende dos fatos
que lhe são imputados na denúncia, com todos os elementos de prova
apontados pelo Ministério Público juntados aos autos e à disposição da
defesa”.
Os advogados do
general Walter Braga Netto e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram
na tarde de quarta-feira (26/2) ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para reuniões com ministros da Corte.
O advogado de Braga Netto, José Luís de Oliveira, recorreu ao ministro
Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, onde o general, Bolsonaro
e mais 32 terão denúncia julgada em ação que analisa suposta tentativa
de Golpe.
Aos jornalistas, na saída do STF, ele foi enfático: “Não tivemos acesso a
todas as provas referenciadas pelo MP na denúncia. Um julgamento dessa
magnitide precisa garantir o amplo acesso à defesa”.
E prosseguiu: “A audiência com o ministro Zanin foi para ratificar a
importância que um julgamento desta magnitude, envolvendo um
ex-presidente e um general 4 estrelas, o direito de defesa tem que ser
sagrado. Uma mácula neste julgamento, com a violação do direito de
defesa, e esse julgamento está manchado”, afirmou.
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