quarta-feira, agosto 20, 2025

Polícia age em 6 estados combatendo golpe do falso advogado.

Uma operação policial deflagrada hoje (20) investiga uma organização criminosa envolvida na invasão de sistemas do governo federal e de Tribunais de Justiça de diversos estados para aplicar o golpe do falso advogado.

Até o início desta tarde, 11 pessoas foram presas na operação realizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Para a ação, foram expedidos 66 procedimentos judiciais entre mandados de busca e apreensão, de prisão e de bloqueio de conta.

As investigações começaram há cerca de cinco meses na Delegacia de Combate a Estelionatos de Joinville, em Santa Catarina, que descobriu que pessoas físicas e jurídicas estariam utilizando a identidade de advogados catarinenses e também dados de processos judiciais para enganar vítimas visando obter lucro com o suposto serviço prestado.

Facilidade

De acordo com Artur José Dian, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, esses falsos advogados entravam em processos - sejam por meio de fontes abertas ou por meio da invasão de sistemas do judiciário - e conseguiam ter acesso a trechos de processos ou a processos inteiros. Por meio desses processos, eles conseguiam dados das vítimas e se comunicavam com elas se passando por falsos advogados, pedindo que elas depositassem uma determinada quantia para dar andamento no processo.

“Em síntese, essa investigação começou há cerca de quatro ou cinco meses a partir da percepção de boletins de ocorrências na cidade de Joinville de que criminosos estavam simulando serem advogados, entrando em contato com os clientes e cobrando valores a título de custas processuais para liberar supostos alvarás judiciais que essas pessoas teriam e fazem jus na justiça”, explicou Rafaello Ross, delegado regional da Polícia Civil de Joinville.

Esses falsos advogados, explicou Ross, “inicialmente utilizavam fontes abertas para angariar informações e, num segundo momento, entravam no próprio sistema judicial e captavam fontes sensíveis de informações, dados das vítimas e dados do processo”. De posse desses dados, eles entravam em contato com a vítima, se passando por advogados do processo.

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