A presidente Dilma Rousseff está perto de cumprir a promessa de dar 30% dos cargos de primeiro escalão às mulheres, que ganharam mais poder com as nomeações de Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para os ministérios mais importantes do Planalto. Mas, apesar do avanço, os homens ainda dominam as pastas de maior peso econômico.
A Previdência, comandada por Garibaldi Alves Filho, por exemplo, aparece na liderança, com orçamento de R$ 290,6 bilhões, em seguida Alexandre Padilha gerencia R$ 76,7 bilhões da Saúde, Fernando Haddad, R$ 60,6 bilhões da Educação e Nelson Jobim, R$ 57 bilhões da Defesa. Somente estes quatro ministérios – são 37 no total – somam verbas de R$ 484,8 bilhões, valor sete vezes maior do que a soma dos orçamentos da equipe feminina da presidente. Os valores já levam em conta os contingenciamentos impostos por Dilma no começo do ano. Das 37 pastas, 24 possuem orçamentos próprios, que somam mais de R$ 685 bilhões.
No entanto, pela primeira vez na história da política brasileira, elas dominam o núcleo duro do Planalto com Gleisi e Ideli e também uma das principais vitrines do governo Dilma, o Ministério do Desenvolvimento Social, o quinto mais rico e responsável pelo Brasil sem Miséria e pelo Bolsa Família. O orçamento da pasta nas mãos de Tereza Campello está em R$ 43,1 bilhões.
Juntas, Tereza, Ana de Hollanda (Cultura), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Miriam Belchior (Planejamento) controlam cerca de R$ 64 bilhões em orçamentos, já considerando os bloqueios assinados em março. Elas começaram a gestão com previsão orçamentária de quase R$ 65 bilhões.
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