Google anuncia mais uma iniciativa em saúde: uma cápsula que detecta alterações no organismo (Justin Lane/EFE/VEJA)
O Google anunciou que está trabalhando
no desenvolvimento de uma cápsula que, uma vez ingerida, é capaz de
detectar a presença de um câncer ou outras doenças, como as cardíacas.
Segundo a empresa, a ideia é que a pílula libere, na corrente sanguínea
do paciente, nanopartículas que identificam alterações bioquímicas no
organismo e que, por meio de sensores, transmitem essas informações a um
computador portátil.
Em comunicado, o Google afirmou que o
diagnóstico precoce do câncer é fundamental para aumentar a taxa de
sobreviventes entre pacientes com a doença e lamentou que, em alguns
tumores, como o de pâncreas, esse tipo de detecção ainda não seja
viável.
O novo projeto é conduzido pelo
Google X, divisão da empresa dedicada a pesquisas em inovações.
Recentemente, a companhia anunciou outras iniciativas em saúde, como
lentes de contato que ajudam pessoas a tratar o diabetes e uma colher
antitremor desenvolvida para pacientes com Parkinson.
Em uma conferência realizada nesta
terça-feira na Califórnia, Andrew Conrad, chefe científico do Google X,
explicou que as nanopartículas da cápsula devem conter um material
magnético, além de anticorpos ou proteínas capazes de ligar-se a
diferentes moléculas do organismo. Assim, um dispositivo portátil usado
pelo paciente poderia, por meio de sensores, recolher as informações das
nanopartículas, interpretá-las e descobrir se há alguma atividade
anormal no corpo do indivíduo.
“Como o núcleo dessas partículas é
magnético, você pode identificá-las em qualquer lugar do corpo. Essas
pequenas partículas se espalhariam pelo organismo e, depois, nós as
reuniríamos de volta em um lugar e perguntaríamos: ‘Então, o que você
viu? Você encontrou um câncer? Você identificou algo que se parece com
um quadro de ataque cardíaco? Você encontrou excesso de sódio?’”, disse
Conrad.
De acordo com o Google, o projeto da
cápsula para detectar o câncer está em fase inicial, e estima-se que as
pesquisas serão concluídas em cinco a sete anos. Via Veja.
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