quarta-feira, junho 24, 2015

Tribos se preparam para os primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.

A quatro meses para a primeira edicação dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, as comunidades estão na reta final para a escolha dos atletas. Os jovens treinam pelo menos três vezes por semana e recebem alimentação especial. “Os atletas não podem comer qualquer coisa. Eles têm que tomar cuidado com o local onde sentam. Não podem sentar no mesmo lugar onde velhos sentaram, por exemplo”, explica o líder Jakuri Pep Krakete, da etnia Gavião Parkatêjê, do Pará.

A comunidade Gavião deve decidir, nas próximas semanas, os seus representantes nos Jogos Mundiais. Os treinos ocorrem três vezes por semana e envolvem as oito aldeias do território. Entre as modalidades que estão sendo desenvolvidas estão corrida de tora, arco e flecha, canoagem e futebol.

Na canoagem, Krakete diz que está a maior dificuldade. A maior facilidade, no futebol. É deles a primeira seleção indígena profissional: Gavião Kyikatejê Futebol Clube. Para os que estão participando dos treinos, ele detalha que a alimentação é à base de berarubu, como é chamada a mandioca, e carne de caça, principalmente de veado, porco e paca. Estão incluídos na alimentação ainda milho, inhame, batata, açaí e castanha-do-pará.

A liderança foi uma das que participou hoje (23) do lançamento dos primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Brasília. Os jogos serão de 20 de outubro a 1º de novembro, em Palmas, Tocantins. Cada país poderá inscrever até 50 participantes, totalizando 2,2 mil indígenas de 1,1 mil etnias nacionais e outro tanto de etnias internacionais. Os representantes dos povos indígenas continuam em Brasília, participando de congresso técnico até a próxima quinta-feira (25).

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