quinta-feira, julho 17, 2025

Preso por um 'i': erro na grafia do nome faz eletricista ficar detido injustamente por estupro em SP.

Um morador da região do Grajaú, Zona Sul de São Paulo, ficou mais de uma semana preso injustamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste, acusado de estupro de vulnerável por causa de um "i".

O eletricista autônomo Jabson Andrade da Silva, de 56 anos, nasceu em Araci, Bahia, mas mora na capital paulista desde 1991. É casado há 33 anos e tem duas filhas. Não tem passagem pela polícia. Já Jabison Andrade da Silva foi denunciado pela ex-companheira por estuprar a enteada entre os anos de 2008 e 2015 em outra cidade baiana, Ubatã. 

E foi justamente a pequena diferença na grafia nos nomes dos dois que levou o morador de São Paulo a ser o procurado pela Justiça e ficar preso entre 7 e 15 de julho. Quando o estupro foi denunciado na delegacia de Ubatã, o nome citado no inquérito policial foi Jabson, sem a letra "i". O erro persistiu até o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.

Em nota, o Tribunal de Justiça da Bahia informou que o juiz Eduardo Camilo comunicou ter pedido a soltura de Jabson depois que o "o Ministério Público e a Polícia Civil acusaram que erraram no Inquérito Policial e na denúncia informando outra pessoa".

O Ministério Público da Bahia disse que apresentou parecer à Justiça em 11 de julho se manifestando pela revogação da prisão preventiva de Jabson. "Após detida análise dos autos e da petição apresentada pela defesa, constatou-se a existência de indícios de possível equívoco na qualificação do custodiado, apontando possível homonímia entre ele e o real autor dos fatos."

O eletricista contou que estava em casa com a esposa quando policiais foram até o imóvel com o mandado de prisão, no dia 7, uma segunda-feira, durante uma operação que prendeu quase mil foragidos da Justiça. 

Soltura.

A defesa da família reuniu as provas e entrou com um pedido de soltura na Justiça da Bahia.

Na última terça-feira (15), Jabson teve a prisão preventiva revogada após o juiz assinar o alvará de soltura e foi solto. A família o aguardava do lado de fora, o que o deixou muito aliviado. Um vídeo gravado pela filha mostra o momento da soltura.

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