Os bolivianos irão às urnas amanhã (21) para votar uma reforma
constitucional que deve decidir se o presidente Evo Morales, no poder
desde 2006, poderá voltar a se candidatar ao cargo nas próximas
eleições, marcadas para 2019.
Pesquisas de intenção de voto realizadas no últimos dias mostram
vantagem do “Não” sobre o “Sim”, especialmente após virem à tona
denúncias de que Morales teria usado sua influência para que uma
ex-namorada conseguisse um emprego como alta executiva em uma
multinacional chinesa.
Gabriela Zapata, com quem Morales chegou a ter um filho que morreu
antes de completar um ano, foi contratada pela China CAMC Engineering
Co. Ltd., empresa com a qual o governo boliviano assinou ao menos sete
contratos milionários, entre eles, a construção de uma mina de potássio
no Salar de Uyuni. Morales nega as acusações. “Não sei de nada de
tráfico de influência ou corrupção, mas sei que perto de votações como o
referendo aparece qualquer mentira”, disse, pedindo que as denúncias de
tráfico de influência sejam investigadas.
“Eu nunca mais a vi e não sabia que trabalhava naquela empresa”,
disse, em rede nacional. Logo depois, no entanto, a imprensa boliviana
divulgou uma foto dos dois juntos no ano passado.
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