Em Xian, na província de Shaanxi, no norte da China, uma estrutura de
estufas com a área de metade de um campo de futebol está ao redor de uma
torre com 100m de altura. Pelas estufas, o ar poluído é sugado e, nela,
é aquecido pela energia solar. Mais leve, o ar quente começa a subir
pela torre central e passa por uma série de filtros. Quando liberado no
topo, está purificado.
Embora não esbanje verde, apenas cinza, a construção é uma das apostas
da China para diminuir a poluição da região, bastante prejudicada por um
sistema energético baseado no carvão como fonte de energia. Devido ao
tamanho, a torre foi apelidada de maior purificar de ar do mundo pelos
seus construtores, segundo o site chinês South China Morning Post.
Ao
que parece, a construção faz jus ao nome. Uma pesquisa conduzida pelo
Institute of Earth Environment da Academia Chinesa de Ciências indicou
que, após o início das atividades em 2017, os níveis de poluição em uma
área de 10km² ao redor da torre diminuíram graças aos 10milhões de m³ de
ar já filtrados.
Cao Junji, responsável pela pesquisa, informou que, até em dias altamente poluídos, foi registrada uma melhora moderada dos níveis na qualidade do ar. A redução média das partículas PM2.5, responsável pela poluição atmosférica considerada a mais prejudicial para a saúde, caiu 15% durante a poluição pesada, segundo os medidores instalados em 12 pontos da cidade pelos profissionais.
Uma vez que a torre foi lançada em 2017, dois anos após sua idealização, ainda é cedo para ter resultados conclusivos e do que a torre significaria a longo prazo. Em março, o Institute of Earth Environment deve apresentar um relatório mais detalhado sobre os dados a respeito do impacto ambiental. Espera-se que a construção atinja níveis de despoluição satisfatório e possa inspirar outras áreas altamente poluídas, que necessitam da combinação de sistemas naturais e artificiais para combater a poluição, se inspirem com a iniciativa.
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