A pedido da Advocacia-Geral da União
(AGU), a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu,
por unanimidade, tornar pública a patente do medicamento Soliris
(eculizumab), o único disponível para o tratamento de uma doença rara
que afeta o sistema sanguíneo e é um dos remédios mais caros do mundo.
Com a decisão, abre-se espaço para a produção de genéricos do produto a
preços mais baixos.
O Soliris não é vendido em farmácias e só pode
ser obtido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a AGU, a
unidade do medicamento custava R$ 21,7 mil em meados do ano passado.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “o medicamento eculizumab não faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais ao SUS (Rename), sendo ofertado apenas por meio de demandas judiciais para atender casos específicos”. Ainda assim, em 2017, o medicamento custou R$ 644,4 milhões ao SUS para o tratamento de cerca de 400 pessoas diagnosticadas com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e respondeu pelo maior gasto entre os 10 remédios judicializados do Ministério da Saúde.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “o medicamento eculizumab não faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais ao SUS (Rename), sendo ofertado apenas por meio de demandas judiciais para atender casos específicos”. Ainda assim, em 2017, o medicamento custou R$ 644,4 milhões ao SUS para o tratamento de cerca de 400 pessoas diagnosticadas com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e respondeu pelo maior gasto entre os 10 remédios judicializados do Ministério da Saúde.
No STJ, a Advocacia da União sustentou que
patentes de medicamentos e de produtos químicos registradas entre
janeiro de 1995 e maio de 1996, entre os quais o Soliris, já estão
expiradas, abrindo possibilidade para a concorrência de genéricos. O
período é relativo ao intervalo entre a assinatura, pelo Brasil, do
acordo internacional de proteção à propriedade intelectual (Trips, na
sigla em inglês), e o início da vigência da Lei 9.279, que trata de propriedade intelectual.
Além disso, a AGU argumentou que a análise do
caso deveria levar em conta a saúde pública, exemplificando com casos de
pacientes que chegaram a custar R$ 1,5 milhão em um ano na compra do
remédio para evitar os sintomas da doença, que destrói os glóbulos
vermelhos do sangue e causa anemia, fadiga, dificuldade de funcionamento
de diversos órgãos, dores crônicas, urina escura, falta de ar e
coágulos sanguíneos.
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