O autor da facada que atingiu o candidato ataque à presidência pelo PSL Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira agiu
sozinho no dia do crime por motivação política. Essa é a conclusão do
inquérito da Polícia Federal encaminhado hoje para o Tribunal de Justiça
de Juiz de Fora (MG).
“Ficou claro que o motivo [do atentado] era o inconformismo político
do senhor Adélio com os projetos políticos do candidato. A conclusão é
que no dia desse ato, Adélio agiu desacompanhado de qualquer pessoa, não
contou com a participação de ninguém”, disse o delegado regional de
Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais, Rodrigo Morais Fernandes,
responsável pelo caso.
O ataque contra Bolsonaro aconteceu no dia 6 deste mês, quando o
candidato fazia campanha na região central de Juiz de Fora. Ele recebeu
uma facada no abdômen em meio ao tumulto que se formou em volta dele no
ato político. Adélio Bispo de Oliveira foi preso pela Polícia Militar e
levado para a delegacia da PF na cidade mineira.
Adélio está preso em um presídio federal em Campo Grande, capital de
Mato Grosso do Sul, para onde foi levado dia 8 deste mês, sob escolta da
PF. A transferência de Juiz de Fora, em Minas Gerais, para Campo Grande
foi determinada pela Justiça Federal.
Após seu depoimento na audiência de custódia, Adélio foi interrogado mais três vezes pela PF no presídio em Campo Grande (MS). Também foram analisados um laptop, quatro celulares e dois chips apreendidos com ele além de sua conta bancária, e-mails
e postagens em redes sociais. “As contas em nome dele não possuem
nenhuma movimentação atípica, os ganhos que estão nas suas contas se
sustentam. Não tinha grandes gastos, vivia de forma simples”, disse
Morais.
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