sexta-feira, maio 21, 2021

Após 4 meses, apenas 39% dos idosos tomaram duas doses da vacina no Brasil; especialistas temem 3ª onda.

Após quatro meses de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, apenas 39% dos idosos acima de 60 anos foram vacinados com as duas doses, considerando todas as vacinas. Isso revela um desafio ainda maior para que o país consiga imunizar a maior parcela da população: a formada pelos adultos até 59 anos. Especialistas estimam a conclusão da vacinação só em 2023 e temem uma terceira onda da doença.

Os dados foram tabulados pelo G1 a partir da base de vacinados do OpendataSUS, sistema do Ministério da Saúde em que estão registradas todas as doses aplicadas (veja metodologia ao final da reportagem).

"A distribuição etária deixa claro que temos um longo caminho pela frente", afirma o físico Marcelo Gomes, especialista em modelos de propagação de doenças da Fiocruz.

O gráfico abaixo indica o tamanho da população em cada faixa de idade e que parcela dela já recebeu só a primeira dose da vacina, as duas doses ou que ainda não recebeu dose nenhuma.

Ao ampliar a análise para todo o grupo prioritário, que totaliza pouco mais de 78 milhões de pessoas segundo a última atualização do Plano Nacional de Vacinação, vê-se que 45% receberam a 1ª dose e somente 20% podem ser consideradas imunizadas, pois receberam também a 2ª dose.

Entende-se como grupo prioritário os profissionais de saúde, os idosos acima de 60 anos, as grávidas, os indígenas, entre outras categorias incluídas recentemente.

O desafio é: como vacinar tanta gente ainda se, após 4 meses, o país não conseguiu cobrir nem os grupos prioritários?

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