sexta-feira, maio 21, 2021

Com casos no Maranhão, Brasil é o 52º país a detectar a variante indiana da Covid-19, o segundo na América Latina.

Com a confirmação pelo governo do Maranhão de seis casos de Covid-19 causados pela variante indiana entre a tripulação de um navio que está ancorado no litoral do estado, o Brasil se tornou o 52º país a identificar a cepa. Na América Latina, ela só havia sido detectada até então na Argentina. Não há transmissão local no território maranhense da mutação, considerada uma “preocupação global” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O governo do Maranhão confirmou nesta quinta-feira (20) os primeiros casos de Covid-19 no Brasil provocados pela variante do novo coronavírus que emergiu na Índia. A cepa foi identificada em tripulantes do navio Mv Shandong Da Zhi, com bandeira de Hong Kong, que chegou ao país vindo da África do Sul. Dos 24 ocupantes da embarcação, 15 foram diagnosticados com a doença. Foi feito o estudo genônimo de seis destes casos e todos tiveram resultado positivo para a B.1.617.2, uma das linhagens da variante da Índia.

Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), destacou que o navio não tem permissão para atracar no Maranhão — a embarcação está ancorada em alto-mar desde o último dia 7. Ele confirmou, no entanto, que pelo menos três tripulantes desembarcaram para receber atendimento médico na capital São Luís. Cerca de 100 pessoas que tiveram contato com estes pacientes estão sendo rastreadas, serão isoladas e testadas.

No último domingo (16), o governo do Maranhão informou que havia sido notificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre um paciente indiano de 54 anos, um dos passageiros do navio, que dera entrada em um hospital da rede privada de São Luís com a doença na semana passada. Ele está internado em uma UTI.

Segundo as informações divulgadas no domingo, um teste já havia confirmado o diagnóstico de Covid-19 no paciente, mas ainda não havia sido identificada a cepa causadora da doença. Uma amostra do vírus foi enviada ao Instituto Evandro Chagas, no Pará, onde foi feito o sequenciamento genômico. Depois disso, foram realizados testes PCR nos outros passageiros do navio.

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