Apenas 58,5% dos resíduos sólidos urbanos gerados em 2023 foram encaminhados para destinação ambientalmente adequada, aponta o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, divulgado nesta segunda-feira (9) pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). De acordo com o estudo, 41,5% do que foi descartado pelos brasileiros e encaminhado para disposição final tiveram destinação inadequada, como os lixões, que receberam 35,5% dos resíduos gerados no país.
O relatório com os dados divulgados chama a atenção para o não
cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída
em 2018 pela Lei 12.30, que estabelecia o ano de 2024 como prazo final
para o encerramento definitivo dos lixões no país.
“Além de apresentar riscos ao meio ambiente equilibrado e à saúde
pública, esse cenário revela que o gerenciamento de resíduos no Brasil
ainda está distante de atender as diretrizes determinadas pela PNRS”,
destaca o documento, que aponta ainda avanço em relação ao ano de 2022,
quando o percentual de destinação adequada foi de 57%. “Essa redução
sugere um avanço pequeno, porém positivo, no gerenciamento de RSU
[resíduo sólido urbano] no país, com um aumento da fração de resíduos
que é encaminhada para outros processos e disposição final
ambientalmente adequada”, ressalta o relatório.
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