sexta-feira, outubro 10, 2025

Pretos e pardos chefiam 3 de cada 4 lares em que se registrou fome.

A fome esteve mais presente em domicílios brasileiros chefiados por pessoas pretas ou pardas do que em lares chefiados por pessoas brancas. 

Em 2024, 1,4 milhão de lares chefiados por pardos e 424 mil chefiados por pretos representaram 73,8% do total de endereços (2,5 milhões) em condição de insegurança alimentar grave no país.

Isso significa que a cada quatro residências que viveram situação de fome praticamente três eram chefiadas por pessoas pretas ou pardas.

A constatação faz parte da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre segurança alimentar, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para pesquisar a condição dos lares brasileiros, o IBGE visitou famílias em todas as partes do país e fez perguntas sobre hábitos alimentares referentes aos 90 dias anteriores à entrevista.

O instituto classifica como insegurança alimentar grave os casos em que foi relatada redução ou falta de alimentos para os moradores, incluindo as crianças. Nessa condição, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.

Os dados da pesquisa mostram desigualdade na constatação da fome, uma vez que pretos e pardos são responsáveis por 45,1% dos 78,3 milhões de domicílios do país. Já em relação aos brancos, eles são chefes de família de 41,5% do total de lares e de 24,4% dos endereços que presenciaram a fome em 2024.

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