
“A São Silvestre foi uma ideia do jornalista, empresário e advogado Cásper Líbero. Ele estava passeando por Paris em 1924 e assistiu uma prova em que os corredores empunhavam tochas, fazendo um efeito super lindo à noite, com aquela vibração toda. Ele gostou, se entusiasmou e trouxe a ideia para o Brasil, para São Paulo. E já em 1925 ele criou a primeira edição da corrida de São Silvestre. Na época, inclusive, São Silvestre era escrito com Y. Foi aí que nasceu a nossa prova, que hoje está completando a sua centésima edição”, diz Eric Castelheiro, diretor-executivo da Corrida Internacional de São Silvestre, em entrevista à reportagem do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação - EBC.
Disputada inicialmente na virada do ano, a primeira edição contou com 60 inscritos, mas apenas 48 deles participaram da largada, que ocorreu no Parque Trianon, na Avenida Paulista, às 23h40. Eles percorreram 8,8 mil metros pelas ruas de São Paulo e a corrida acabou sendo vencida por Alfredo Gomes, que completou o percurso em 23m19s.
“O Alfredo Gomes era um atleta negro. Em 1924, um ano antes da primeira edição da São Silvestre, ele já fazia sucesso porque estava representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Ele foi o primeiro negro a representar o país”, explica Castelheiro.
Desde então, a São Silvestre se tornou a corrida mais tradicional e conhecida do país e só deixou de ser realizada em 2020, devido à pandemia da covid-19. No ano passado, a prova completou 100 anos de sua história, mas é somente neste ano de 2025 que ela chega à sua centésima edição, alcançando um recorde de participantes com mais de 50 mil corredores inscritos.
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