quarta-feira, dezembro 31, 2025

Seca se agrava no RN e atinge pior nível desde 2018, aponta Agência Nacional de Águas.

O Rio Grande do Norte enfrenta o cenário mais grave de seca extrema desde 2018, segundo dados do Monitor de Secas divulgados pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Entre outubro e novembro, a área atingida pela estiagem avançou de 91% para 94% do território estadual, reforçando a persistência e o agravamento do fenômeno no estado.

Além da expansão territorial, houve piora significativa na intensidade da seca. Em novembro, a condição de seca extrema passou a atingir 19% do RN, o maior percentual desde março de 2018, quando 38% do território potiguar estava nessa classificação. O estado está entre os dez que registraram aumento da área afetada no período analisado.

No cenário nacional, o Monitor de Secas aponta que o fenômeno se intensificou em 19 unidades da Federação, incluindo o Rio Grande do Norte. Em oito estados, a seca já atinge 100% do território, enquanto nos demais a área afetada varia entre 27% e 94%, evidenciando um quadro de estiagem generalizada no país.

O agravamento da seca tem reflexo direto nos reservatórios. Dados divulgados pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) mostram que os 69 mananciais monitorados acumulam atualmente 2,01 bilhões de metros cúbicos, o equivalente a apenas 38,08% da capacidade total do estado. A barragem Umari, por exemplo, caiu de 78% para pouco mais de 53% em um ano.

A situação é ainda mais crítica no Seridó, região com o menor volume proporcional de reservas hídricas do RN, com apenas 14% da capacidade total. O Igarn aponta que 18 reservatórios estão abaixo de 10% do volume, incluindo açudes praticamente secos, como Itans, Passagem das Traíras e Lulu Pinto, acendendo um alerta para o abastecimento e a segurança hídrica nos próximos meses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário