O traficante Luís Fernando da Costa, o "Fernandinho Beira-Mar", não é o único integrante do Comando Vermelho (CV), facção criminosa do Rio de Janeiro, que está detido na penitenciária federal de Mossoró. Outros dez líderes do tráfico estão presos na unidade desde abril do ano passado. A chegada de Beira-Mar marca um "reencontro" entre ele e companheiros da facção criminosa. O diretor do presídio, o delegado federal Kércio Pinto, garante que ele ficará completamente isolado dos demais detentos por um período de inclusão de 20 dias. Além disso, há uma política dentro da unidade que evita ao máximo o contato de membros de uma mesma facção. A permanência de Beira-Mar em Mossoró pode ser definida hoje pelo juiz corregedor da penitenciária, Mario Jambo.
Kércio Pinto informa que há, ao todo, 40 detentos no presídio federal de Mossoró. A unidade abriga ainda integrantes da facção carioca Amigos dos Amigos (ADA) e do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. "Os que são do Comando e estão aqui são todos líderes do tráfico no Rio de Janeiro. Aliás, nesta penitenciária só estão aqueles realmente considerados um risco para a sociedade. Foi uma exigência do juiz corregedor de que só fossem trazidos para cá os presos que atendessem ao perfil de periculosidade para um presídio federal". Entre os presos está Juliano Gonçalves de Oliveira, o "Juca Bomba", apontado pela polícia carioca como braço direito de Beira-Mar.
O diretor da unidade tranquiliza, porém, alegando que o esquema de segurança do presídio é feito de forma a evitar o convívio e a comunicação de membros de uma mesma facção. Segundo ele, a penitenciária possui quatro vivências (unidades separadas), cada uma com quatro alas isoladas um das outras. Em cada uma dessas alas, são abrigados, no máximo, 13 presos, todos em celas individuais. "E nós selecionamos para estar nessas alas pessoas de facções diferentes. Cada ala tem o seu banho de sol próprio, separada das demais. Osdetentos de uma ala jamais veem ou ouvem qualquer um de outra". Ainda de acordo com o diretor, há alas que contam, por enquanto, somente com um preso.
O delegado explica ainda que, desde a sua tranferência para Mossoró, ocorrida no último sábado, Fernandinho Beira-Mar está detido na unidade de inclusão. Todos os presos que chegam ao presídio passam pelo mesmo processo. Permanecem nela por 20 dias, em uma cela isolada, e passam por avaliações de saúde e psicológicas. "Somente depois disso tudo é que levamos os presos para as alas". Segundo ele, também será analisado para qual das vivências será levado Beira-Mar. "Vamos fazer o máximo para ele não ter contato com os outros do Comando Vermelho". O juiz federal Mario Jambo voltará das férias hoje e deverá decidir se Beira-Mar continuará em Mossoró. Isso porque a vinda do traficante carioca foi aceita em caratér provisório pelo juiz substituto, Vinícius Vidor. Mario Jambo tinha decidido por não receber detentos na unidade desde setembro, por problemas estruturais.
Fonte: D/O.
Fonte: D/O.
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