quarta-feira, outubro 05, 2011

RN está na "lanterninha" do incentivo à ciência.

O governo do Rio Grande do Norte tem investido no apoio à pesquisa, ao longo dos anos, apenas o equivalente a dez por cento do que tem investido os estados de Pernambuco, Ceará e Bahia. Enquanto nos últimos três anos, esses estados direcionaram entre R$ 30 a 40 milhões, o Rio Grande do Norte só estimulou a pesquisa científica e tecnológica com apenas R$ 3 milhões. Para se fazer umcomparitivo entre o eixo Sul-Sudeste com o Nordeste, o estado de São Paulo direcionou, este ano, em torno de R$ 1 bilhão. Os dados foram apresentados ontem pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grando Norte, por ocasião do I Congresso Fapern de Ciência, Tecnologia e Inovação que encerra hoje no campus central do IFRN.

Durante o congresso foram apresentados os resultados de 126 pesquisas apoiadas pela fundação em parceria com outros órgãos de fomento nos últimos anos. De acordo com a presidente da Fapern, Maria Bernardete Cordeiro de Sousa, o Rio Grande do Norte precisa de umvolume maior de recursos para que a fundação possa interagir com as secretarias e criar um marco estruturante com ferramentas tecnológicas dentro das políticas públicas de governo. "Infelizmente, os investimentos têm sido muito poucos no estado", diz. Ela explica que para cada um real que o governo investe em pesquisa, a fundação capta dois reais. "Nos últimos anos foram R$ 3 milhões de reais colocados pelo governo do Estado e a fundação conseguiu captar R$ 6 milhões. Atualmente existe acumulado em torno de R$ 14 milhões para que o governo coloque as contrapartidas para os projetos poderem ser executados", disse Bernardete.

Há três semanas, a Fapern elaborou um plano estadual de avanço em ciência e tecnologia para os próximos dez anos. Nesse plano, a interiorização da pesquisa tem merecido destaque. Bernardete Cordeiro aponta para um recente levantamento feito pela Fapern que identificou em torno de dois mil doutores concentrados praticamente em Natal, enquanto que a Ufersa tem 200 e a Uern tem 140. "Precisamos melhor distribuir esses números e interiorizar a produção de pesquisa para outros eixos importantes sejam estimulados", disse.

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