terça-feira, julho 22, 2014

Tratamento de HIV/Aids do Brasil salva mais que média global.

Desde a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2000, as mortes por HIV/Aids e tuberculose no Brasil caíram a taxas maiores do que a média global, indica um estudo divulgado nesta terça-feira.

Além disso, o número anos de vida salvos graças ao acesso a tratamento e prevenção ficou acima do registrado em países em desenvolvimento, segundo a pesquisa.

De acordo com o relatório, publicado na revista científica The Lancet e divulgado na Conferência Internacional sobre Aids, que ocorre em Melbourne, na Austrália, as mortes em decorrência do HIV no Brasil caíram a uma taxa anual de 2,3% entre 2000 e 2013, maior do que os 1,5% registrados globalmente.

Nos casos de mortes por tuberculose, a taxa anual de queda foi de 4,5% desde 2000, acima da média global de 3,7%.

No cálculo dos anos de vida salvos graças ao acesso a terapia antirretroviral, programas para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho e a promoção do uso de camisinhas, o Brasil atinge um índice de 0,37, em uma escala que vai de 0,07, para países em pior situação, até 0,49, em países muito ricos.

"O desempenho do Brasil está acima do registrado em outros países em desenvolvimento, que foi de 0,28 a 0,35", disse à BBC Brasil um dos co-autores do estudo, Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário da USP.

De acordo com o estudo, entre 1990 e 2003, mais de 230 mil anos de vida foram salvos no Brasil graças ao acesso à prevenção e tratamento. De 2004 a 2008, foram mais de 450 mil anos. E de 2009 a 2013, quase 682 mil anos. Via bol.

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