A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve enviar no início
de agosto um anteprojeto de lei para acabar com a identidade visual das
embalagens de cigarro, proibindo a exibição das marcas. A ideia é que
todos os maços tenham o mesmo layout, inibindo o apelo publicitário.
Frente e verso serão estampados com imagens de ex-fumantes doentes e
outras cenas fortes.
O debate já vem ocorrendo em vários países. A ação faz parte de uma
convenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) para controle do tabaco.
Experiência semelhante já foi adotada na Austrália, por exemplo, onde
todas as embalagens têm a mesma forma, tamanho, modo de abertura, cor e
fonte. Um em cada três brasileiros deixou de fumar entre 1989 e 2010 por
medidas restritivas de propaganda no País - incluindo a adoção de
avisos sobre os riscos de fumar nas embalagens. E a maioria da população
é a favor de medidas ainda mais rigorosas, segundo relatório da
Política Internacional do Controle do Tabaco (ITC).
No Brasil a
exibição de pacotes de cigarro nos estabelecimentos comerciais continua a
ser forte estratégia de marketing particularmente para jovens. Hoje,
cerca de 14% da população é tabagista, segundo dados acordo com o
Ministério da Saúde.
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