Foi como juntar o útil ao agradável: Jacqueline Rotelli, 47, será
caloura no curso de gastronomia junto com a filha Tatiane, 19, no
primeiro semestre de 2015.
Como a família tem negócios no ramo, a capacitação no curso tecnólogo,
de dois anos, será bem-vinda. Ao mesmo tempo, a mãe ficará mais
sossegada -- além de feliz -- em acompanhar a filha que tem Síndrome de Down nas aulas.
Moradoras de Andradas, cidade mineira que fica cerca de 485 km da
capital Belo Horizonte, mãe e filha devem percorrer diariamente os 25km
entre sua casa e a faculdade, em Espírito Santo do Pinhal, que fica a
cerca de 190 km de São Paulo. A nova rotina anima a dupla.
"Quero conhecer novas pessoas, aprender muito e ser desafiada", diz
Tatiane. De desafios, Tatiane entende: sempre estudou em escolas
regulares e superou os obstáculos a sua inclusão, como o preconceito ou
falta de preparo dos professores.
A trajetória sempre teve a participação da família. Quando os Rotelli
se mudaram para um sítio na zona rural de Andradas, Jacqueline auxiliou
Tatiane nos estudos por mais de quatro anos, sendo sua professora.
O ensino médio foi feito na cidade. E, logo mais, Tatiane participará
da festa de formatura, uma "noite mágica", segundo ela, pela qual espera
com ansiedade. Via bol.
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