sábado, janeiro 03, 2015

TEREMOS UM NOVO 11 DE SETEMBRO?

NOVO ALGOZ Militantes do EI invadem uma cidade síria.  Ao expandir seus tentáculos, o  EI poderá atacar o  Ocidente (Foto: AP)
NOVO ALGOZ
Militantes do EI invadem uma cidade síria. Ao expandir seus tentáculos, o EI poderá atacar o Ocidente

O maior inimigo do Ocidente não é mais a al-Qaeda. Desde a morte de Osama bin Laden, em maio de 2011, com o declínio dos jihadistas responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001, outro grupo assumiu o posto de ameaça número um do mundo civilizado: o Estado Islâmico (EI). Em um ano, o EI deixou de ser um grupelho que lutava ao lado da al-Qaeda contra Bashar al Assad, na Síria, para se tornar o mais ameaçador e temível braço fundamentalista do mundo. Usando modernas táticas de guerra, o EI conquistou territórios na Síria e no Iraque, usurpou campos de petróleo, tomou armamentos de última geração e conquistou ativos estimados em US$ 3 bilhões. No caminho, cometeu atrocidades que chocaram até seus comparsas da al-Qaeda. Evisceraram inimigos, crucificaram vítimas e decapitaram reféns. O mundo e os principais serviços de inteligência se perguntam: será que o EI planeja cometer seu 11 de setembro?

Para responder, é preciso entender o líder do EI, o misterioso e temível Abu Bakr al Baghdadi, herdeiro legítimo da ideologia radical de Osama bin Laden. Ele é o mentor e o artífice da selvageria e brutalidade que o Estado Islâmico vem impondo no Iraque e na Síria. Baghdadi era um pacato aluno de estudos islâmicos até o começo do século, quando se interessou pelo salafismo. Salafi significa predecessor, em árabe. Trata-­se de uma vertente ultraconservadora do islamismo sunita, que luta para definir a nova ordem de acordo com as tradições religiosas do século VII. Seu modelo é o islã antigo e uma adaptação radical da sharia, a lei religiosa islâmica. Ao longo dos séculos, os salafistas evitaram se envolver em política. Nos últimos anos, patrocinados por países do Golfo, ingressaram na política e aderiram à luta armada.

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