terça-feira, junho 07, 2016

Chinelo que aparece em vídeo de estupro incrimina Raí Raí, ao ser preso, chega na Cidade da Polícia.

Foi o chinelo preto usado por Raí de Souza, de 22 anos, no dia de sua prisão que aumentou ainda mais as suspeitas da polícia de que o rapaz participou do estupro coletivo da jovem X., de 16 anos, no Morro do Barão, na Praça Seca. Um dos investigadores da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima (Dcav) notou que o modelo era exatamente o mesmo que aparecia, rapidamente, no fim do primeiro vídeo do crime. Para a polícia, o calçado o colocou na cena do crime. A especializada vai solicitar uma perícia para confirmar que se trata do pé de Raí na filmagem.

Será submetida à perícia, ainda, a bermuda do rapaz que foi apreendida pela Dcav na casa de um amigo seu, em Madureira, na última sexta-feira. A polícia também acredita que seja a mesma que aparece no primeiro vídeo, no momento em que o chinelo é filmado.

Ao ser preso, Raí mantinha sua versão de que sequer estava no “abatedouro” (como chamam o local do estupro), quando o vídeo de X. foi gravado. Ao ser confrontado com a suspeita de que o pé que aparece nas imagens seria o seu, ele mudou a versão e admitiu que estava no lugar do crime. O rapaz alega, no entanto, que quem filmou a jovem foi um traficante conhecido como Jefinho, que também teve a prisão decretada pela Justiça.

Nessa segunda-feira, a Dcav recebeu o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) do primeiro vídeo. Os peritos concluíram que havia pelo menos quatro homens no local, por causa das vozes que são escutadas. Também foi constatado que que duas pessoas fizeram a gravação, ou seja, o celular passou da mão de uma pessoa para a de outra. A perícia do segundo vídeo do estupro descoberto pela polícia deve ficar pronta na sexta.

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