terça-feira, agosto 29, 2017

Bahia critica denúncia feita pelo Ministério do Trabalho: “Beira a irresponsabilidade”.

O Bahia criticou, por meio de nota, a denúncia de exploração de mão de obra infantil feita pelo Ministério do Trabalho e divulgada na última segunda-feira, no site do órgão federal. No texto, o clube baiano nega a acusação de manter garotos com idade inferior a 14 anos em condição de trabalho e critica a divulgação do auto de infração antes do encerramento do prazo de defesa.

- O Esporte Clube Bahia vem a público desmentir a acusação de que teria havido trabalho infantil na instituição - denúncia essa que beira a irresponsabilidade – diz o início da nota.

Segundo o Ministério do Trabalho, uma ação realizada entre os meses de julho e agosto, em parceria com Ministério Público do Trabalho do Estado, identificou uma casa próximo ao Centro de Treinamento do Bahia, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, em que dois garotos de 12 e 13 anos estavam alojados sob os cuidados de uma mulher, que informou receber R$ 800 reais do clube para exercer o papel de "mãe social", que seria cuidar dos meninos até que eles completassem 14 anos, idade mínima estabelecida pela Lei Pelé para firmar contratos de atletas em formação.

O auditor-fiscal Antônio Ferreira Inocêncio Neto, que coordena as atividades de fiscalização do trabalho infantil na Bahia, informou que os jovens eram mantidos em acomodações impróprias, considerando-se o número de pessoas abrigadas na residência. Os dois garotos treinavam às segundas, quartas e sextas-feiras, fora das instalações do Fazendão. Os meninos foram encaminhados ao Conselho Tutelar de Lauro de Freitas para esclarecimentos.

Ainda conforme o Ministério do Trabalho, foram encontrados em outra casa mais seis jovens que haviam completado 14 anos recentemente, mas não possuíam contrato de formação com o Bahia e aguardavam por uma transferência para o alojamento oficial do clube. Os jovens informaram que estavam sob a responsabilidade de uma senhora, que faziam todas as refeições no clube, e frequentavam treinos diariamente, e também uma escola pública nas proximidades. Os auditores-fiscais constataram que não havia autorização legal dos pais para os jovens estarem no local.

Na nota, o Bahia nega que mantenha relação com mulheres que exercem o papel de “mãe social”.

- Não é verdade que o Clube mantenha qualquer tipo de instalação fora das suas dependências, seja mediante pagamento de aluguel, seja com oferecimento de quaisquer contrapartidas a terceiros, a fim de acomodar jovens que buscam uma colocação no Tricolor.

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