terça-feira, abril 10, 2018

Por falta de acesso, ONU não consegue investigar ataque químico na Síria

Várias agências da Organização das Naçãoes Unidas (ONU), entre eles a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), reafirmaram hoje (10) que, apesar das informações que recebem sobre o suposto ataque químico na cidade síria de Duma, não podem verificá-las devido à falta de acesso.

A porta-voz da ONU em Genebra, Alessandra Vellucci, lembrou que o secretário-geral, António Guterres, disse que a organização multilateral "não está em posição de verificar estas informações" sobre o ataque químico em Duma, o que não quer dizer que as ignore.

O porta-voz do Ocha, Jens Laerke, ressaltou que as agências da ONU não estão em Duma. "Ghouta Oriental ainda se encontra assediada. Estamos em locais fora de Ghouta Oriental aos quais temos acesso", afirmou Laerke, que indicou que existe um "mecanismo para tentar investigar o que ocorreu".

Os Estados Unidos propuseram uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU para iniciar um novo mecanismo internacional que determine responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria, enquanto a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) anunciou que investiga o ocorrido.

A Sociedade Médica Síria Americana (Sams, na sigla em inglês) e a Defesa Civil Síria, ambas organizações apoiadas pelos EUA, apontam que pelo menos 42 pessoas morreram no sábado (7) com sintomas de intoxicação por substâncias tóxicas no reduto opositor sírio de Duma.

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