Pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) e
Instituto Emílio Ribas identificou quatro fatores que indicam risco de
morte em pacientes com febre amarela.
Idade avançada, contagem de
neutrófilos elevados (células sanguíneas que fazem parte do sistema
imune inato), aumento da enzima hepática AST e maior carga viral são os
marcadores que apontam o risco de uma evolução grave da doença. O estudo
destaca que, de cada 100 pessoas que são picadas por mosquitos
infectados com o vírus da febre amarela, 10% desenvolverão sintomas da
doença, e 30% podem morrer.
“O que mais nos deixava perplexos é
que a maioria dos pacientes chegava bem, apenas se queixando de
mal-estar, dor pelo corpo e febre, e, dias depois, alguns deles morriam.
É uma doença de evolução muito rápida. Era um desafio determinar, na
entrada do paciente, qual seria aquele que evoluiria muito mal da doença
e qual seria aquele que teria uma evolução mais favorável. Foi isso que
a gente abordou nesse trabalho”, explicou Esper Georges Kallás,
professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da
Faculdade de Medicina da USP.
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