quinta-feira, setembro 10, 2020

Mesmo com greve, Correios no RN confirmam que estão atendendo normalmente.

“A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada em 17 de agosto pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal”.

A mensagem, enviada nesta quarta-feira, 9, pela assessoria da empresa em Natal, depois de uma consulta do Agora RN, é mais um ingrediente de uma guerra de informações travada pela empresa e o sindicato da categoria desde o começo da paralisação. 

O comando de greve afirma que a greve atinge todos os setores, mas a direção dos Correios sustenta que quem precisar dos serviços só não vai encontrar o de encomendas pelo Sedex com hora marcada – aquele que compromete entregar a correspondência em até 10 ou 12 horas.

Uma fonte dos Correios ouvida pela reportagem informou que levantamentos diários mostram que cerca de 80% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. E isso também vale para Natal, com eventuais exceções a uma ou outra agência que passe por uma desinfecção programada e testagem do pessoal, o que não leva mais de 48 horas.

Informa, ainda, que a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. São medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões nos fins de semana e feriados estão sendo adotadas.

No Rio Grande do Norte são cerca de 120 agências e, segundo fonte oficial da empresa, todas funcionando normalmente, inclusive o SEDEX sem hora marcada e o PAC,  o serviços de entrega econômica para o envio exclusivo de produtos.

Acrescenta a mesma fonte que a Coleta Programada continua sendo realizada, assim como a Logística Reversa, que permanece operando normalmente nas agências. O serviço de telegrama também continua sendo prestado, com um acréscimo de um dia ao prazo previsto de entrega.

Pior ocasião do início nacional da greve, o presidente do Sindicato dos Servidores dos Correios do RN (Sintect), Edilson Shampoo, avaliou que pelo menos 60% das 196 agências do Estado aderiram à paralisação.

A categoria reclama que o Governo Federal revogou um acordo coletivo de trabalho que tem validade até 2021. Segundo a federação nacional dos servidores, a Fentect, “foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”.

A greve acontece no momento em que aumentou a procura pelo serviço dos Correios, o que levou a uma demora maior para a entrega de encomendas.

A superintendência da estatal no Rio Grande do Norte diz que até julho, por conta da pandemia, houve um crescimento de 20% nas encomendas em comparação ao primeiro semestre do ano passado.

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