Impulsionado pelo volume de vendas registrado no Dia das Crianças, o
desempenho do comércio apresentou alta de 13,4% em outubro, em relação
ao mesmo mês do ano passado. Foi a maior taxa de crescimento mensal este
ano e a maior para o mês de outubro desde 2012. De acordo com análise
da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do
Norte (Fecomércio RN), o crescimento observado na última edição da
Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE também está diretamente ligado ao
aumento dos níveis de emprego e renda dos potiguares.
“Esse momento de crescimento e recuperação da economia do estado
está ancorado em uma série de fatores, mas principalmente numa maior
capacidade de geração de emprego e renda – algo que só foi possível com o
retorno da alíquota do ICMS para 18%. No ano passado, quando os
negócios locais operavam com um imposto de 20%, nem as vendas do Dia das
Crianças conseguiram impedir uma retração de 2% sobre outubro de 2022”,
ressaltou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
Baseado na tendência observada no passado, a expectativa da
Federação é que o varejo potiguar encerre 2024 com alta nas vendas
superior a 5%. Embora tais indicadores reflitam um cenário positivo para
2024, a aceleração do aumento da taxa básica de juros e do
desequilíbrio fiscal local e nacional lançam dúvidas sobre a capacidade
de o setor terciário sustentar o atual ritmo de atividade econômica no
próximo ano.
A queda do desemprego também está aquecendo os serviços – que, em
outubro, superou as expectativas e cresceu 13,2%, na comparação com o
mesmo mês de 2023. Foi o melhor desempenho para o mês de outubro no RN
em toda série histórica, iniciada em 2012 e mais que o dobro da variação
nacional, que registrou crescimento de 6,3%. De acordo com a
Confederação Nacional do Comércio (CNC), o resultado positivo ajudou os
negócios do setor a registrarem as maiores altas dos salários de
contratação, que cresceram até 17,3%.
“Com mais renda e menos desemprego, muitos negócios do setor de
serviços começam a sofrer com a escassez de mão de obra qualificada, o
que acaba gerando um aumento nos salários de várias carreiras. Apesar de
nos deixar otimistas de que os serviços do RN continuarão crescendo
daqui para o ano que vem, esse cenário é ameaçado por uma série de
fatores políticos e econômicos – como um novo aumento de ICMS, que
poderia interromper esse ciclo virtuoso”, destacou o presidente da
Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
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