Um balanço apresentado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde revelou que há bons indicadores na política de saúde bucal do brasileiro - como redução de 26% no número de cáries entre as crianças de 12 anos -, mas também há problemas a enfrentar, como um déficit de cerca de três milhões de próteses dentárias para idosos com idade entre 65 a 74 anos. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal entrevistou e fez exames bucais em 38 mil pessoas em 177 cidades. O índice que identifica melhoria ou piora nessa área é chamado CPO (sigla para dentes Cariados, Perdidos e Obturados). Segundo o ministério, o Brasil, nos últimos oito anos, saiu do índice CPO de 2,8 para 2,1. Esse patamar o coloca no grupo de países com baixa prevalência de cárie.
- Demos um enorme avanço para não ter uma nova geração de desdentados. Digo que saio do governo com o Brasil sorrindo melhor - disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que comemorou o aumento do investimento em ações de política bucal de R$ 56 milhões em 2003 para R$ 600 milhões em 2010, segundo informou.
A região Norte foi a única do país que apresentou aumento no índice CPO entre crianças de 12 anos: de 3,1 para 3,2. No Sudeste, a queda foi de 2,3 para 1,7 nesta faixa etária. Outro dado negativo da pesquisa foi a constatação de que houve uma redução de 17% nos dentes de leite cariados, em crianças de até 5 anos, mas 80% desses dentes não foram tratados. Em relação à prótese dentária, três milhões necessitam de prótese total (nas duas arcadas dentárias) e outros quatro milhões precisam de prótese parcial (em uma das arcadas).
Fonte: G1.
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