Os componentes ativos da maconha e seus derivados poderiam reduzir o crescimento do câncer de mama e a aparição de metástases, constata uma equipe de cientistas espanhóis que testou os efeitos desta droga em ratos.
Em comunicado, os pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri (UAM), a Universidade Complutense de Madri e o Centro Nacional de Biotecnologia destacaram ontem segunda-feira (13) que os canabinoides podem deter e acabar com as células derivadas de tumores de mama.
Essa descoberta acaba de ser publicada na revista "Cancer Cell", na qual os cientistas explicam que a pesquisa foi realizada com ratos afetados pelo modelo genético de câncer de mama MMTVneu.
Estes animais, segundo a UAM, geram de forma espontânea tumores de mama que posteriormente são transferidos por metástase ao pulmão, porque expressam elevados níveis de uma proteína chamada "oncogene ErbB2", também presente nos humanos que sofrem deste tipo de câncer.
Os pesquisadores indicaram que a propriedade antitumoral desses elementos parece vir dada pelo receptor de canabinoides CB2, enquanto os efeitos psicotrópicos associados a esta droga se devem fundamentalmente ao receptor CB1, que é - nas palavras dos especialistas - "o que se expressa predominantemente no sistema nervoso".
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