quarta-feira, dezembro 21, 2011

Agressora de cadela diz que ficou nervosa com fezes e urinas pela casa.

A enfermeira de 22 anos que espancou uma cadela yorkshire até a morte em Formosa, cidade goiana a 80km de Brasília, se diz arrependida por ter agredido o animal de estimação na frente da filha de 1 ano e meio. Em depoimento à Polícia Civil, ela contou que maltratou a cadela porque ficou muito nervosa quando encontrou fezes e urina espalhadas pela casa. Segundo a mulher, no momento das agressões, ela não pensou e nem teve noção do que fazia, só percebendo a gravidade do ocorrido quando assistiu ao vídeo gravado de um apartamento vizinho e publicado na internet. A enfermeira foi multada ontem pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 3 mil.

Ela chegou ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) do município goiano, escoltada por policiais, às 9h. O depoimento durou mais de uma hora e, após o interrogatório, fiscais do Ibama fizeram uma notificação de multa. O valor da sanção é o teto que pode ser aplicado pelo órgão (veja O que diz a lei).

Após conversar com o delegado e duas escrivãs, a mulher falou pela primeira vez à imprensa. Muito abalada, ela chorava e estava com a voz embargada. “Foi um fato isolado. Estou arrependida. Perdi tudo. Perdi minha casa. Sofro ameaças. Não apareci antes porque estou sob proteção (policial). Eu e minha família somos ameaçadas. Em momento algum, estive foragida e não sou eu que estou postando nada (na internet). Não tenho contato com internet, com telefone. Tudo meu foi cancelado”, afirmou. A mulher também atribuiu o suposto nervosismo que a levou a dar chutes e a asfixiar a cadela com um balde a problemas com vizinhos. Segundo a enfermeira, eles fizeram a mudança para o apartamento “muito tarde” e “faziam barulho parafusando até as 2h”.

A enfermeira negou qualquer distúrbio psicológico, disse que não é depressiva, que nunca fez tratamento e sempre foi “uma pessoa normal”. “Jamais tive confusão com ninguém. Depois disso, (os vizinhos) não falavam mais bom dia para a gente. Eles procuraram algo para me prejudicar. Eu errei, eu fiz, eu agredi realmente o cachorro. Estou arrependida e vou pagar de acordo com o que o juiz determinar. Estou pronta para cumprir”, argumentou.

O advogado dela, Gilson Saad, explicou que a cliente colaborará com todo o inquérito e será submetida a uma avaliação psicológica com a filha, a pedido da Delegacia de Formosa. Ainda serão ouvidos pela Polícia Civil de Formosa os policiais e bombeiros que estiveram na casa da enfermeira para socorrer a cadela.

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