Permanece grave e instável o estado de saúde do compositor e mestre forrozeiro pernambucano Dominguinhos, de 71 anos. Boletim médico anunciado pela equipe responsável pelo atendimento ao músico no Hospital Santa Joana, no Recife, frisa a necessidade de mantê-lo sob cuidado intensivo e em observação pelas próximas 48 horas. O sanfoneiro está sedado e, desde ontem, respira com a ajuda de aparelhos. Ele é medicado com anti-microbianos (antibióticos) para tratar uma infecção respiratória contraída depois do périplo em homenagem ao centenário de Gonzagão, em Exu, no Sertão do estado.
Dominguinhos deu entrada na unidade de saúde no dia 17 com o quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. O músico é portador de diabetes e sofre com um câncer de pulmão há seis anos. Os médicos acreditam na possibilidade de a enfermidade contraída depois da viagem ter sido fruto da combinação do tratamento à base de quimioterapia com o organismo debilitado em função dos problemas preexistentes e o ambiente de aglomeração de pessoas propício ao contágio de doenças.
O oncologista de Dominguinhos, o médico Rossano Araújo, descartou o agravamento do câncer, estabilizado por conta da quimioterapia. O coordenador do CTI onde o cantor está internado, Odin Barbosa da Silva, abortou a hipótese de as emoções decorrentes dos tributos a Luiz Gonzaga terem contribuído para o surgimento da infecção. “Emoção por si só não influencia negativamente. Alegria não faz mal a ninguém. Pelo contrário”. O médico cogitou a possibilidade de a própria alimentação ou mesmo o ambiente terem colaborado para debilitar o sanfoneiro. Dominguinhos está sedado para se adaptar melhor ao tratamento. Até agora, não há previsão de alta.
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