Após o acidente que matou nove pessoas no início dessa semana na
Grande Natal, a Associação dos Proprietários e Condutores de Transporte
Alternativo Complementar do Estado do RN (Atac/RN), emitiu nota
afirmando que "os loteiros querem sair da informalidade, querem prestar
um serviço de maior qualidade, querem pagar impostos, enfim, querem ser
reconhecidos como categoria profissional".
O veículo Kadett que transportava oito pessoas, além do motorista, e se
envolveu no acidente na última segunda-feira (21), fazia o serviço de
lotação da comunidade de Primeira Lagoa, no município de Ceará-Mirim. Segundo a Atac, a comunidade não conta com nenhum transporte regular e por isso as pessoas precisam das lotações clandestinas.
Segundo a nota, a Atac/RN apresentou uma proposta ao Governo do Estado
do RN, em 2010, onde pleiteia a formalização dos loteiros com os devidos
critérios como curso de qualificação profissional, direção defensiva,
atendimento ao público, uso de fardamento e crachás de identificação,
veículos adequados e mais novos, pagamento de impostos e outros
benefícios "que trariam mais conforto e segurança aos usuários do
transporte público, exatamente para se evitar fatos como este acidente
fatal".
A entidade defende ainda que "fiscalizar coibindo o transporte
informal, não é o mais viável, até porque este serviço tem aceitação por
parte da população, tanto que oito pessoas se sujeitaram a viajar em um
carro onde só cabiam cinco, incluso o motorista. Com os ônibus,
regulares, tendo uma frota ultrapassada, também ocorrem acidentes e
também são passíveis de fiscalização, então o mais razoável a fazer é
realinhar e reestruturar todo o sistema intermunicipal de transportes o
quanto antes, a bem da população potiguar".
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