
Estratégias futuras para melhorar a saúde cardíaca do bebê podem começar nas primeiras semanas de gravidez(Thinkstock)
Fetos que se desenvolvem abaixo do
esperado no primeiro trimestre de gravidez podem ter maior risco de
desenvolver problemas cardíacos no futuro. A descoberta, inédita, foi
publicada no periódico British Medical Journal nesta sexta-feira.
Nos primeiros três meses de gestação,
chamada fase embrionária, o coração e outros órgãos importantes começam a
ser formados. Pesquisadores da Escola de Saúde da Universidade Erasmus,
na Holanda, decidiram examinar se o baixo peso do feto nesse período
estaria associado a um maior risco de problemas cardiovasculares na
infância.
Resultado: Crianças que
tinham baixo peso nas primeiras semanas de gestação apresentaram mais
marcadores de risco para problemas cardiovasculares aos seis anos
O estudo comparou o peso de 1.184
crianças holandesas no primeiro ultrassom (dez a treze semanas de
gestação) com marcadores de risco cardiovascular quando elas tinham seis
anos (índice de massa corpórea, percentual de gordura, nível de pressão
arterial, taxa de colesterol e de insulina). Foram levados em conta
também fatores relativos à mãe, como idade, etnia, escolaridade,
tabagismo, índice de massa corpórea e de pressão sanguínea.
Os pesquisadores dividiram os fetos em
cinco grupos, pelos tamanhos. Comparados com os maiores fetos, os
menores, aos seis anos de idade, tinham consideravelmente mais gordura
corporal e abdominal, além de uma maior pressão sanguínea diastólica e
uma taxa de colesterol desfavorável.
Segundo os cientistas, é possível que
algumas associações sejam uma coincidência, mas sugerem que o primeiro
trimestre de gravidez pode ser crítico para o desenvolvimento do sistema
cardiovascular e metabólico. “Estratégias futuras para melhorar a saúde
cardiovascular podem começar no início da gravidez ou mesmo antes”,
concluem.
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