sábado, agosto 15, 2015

Brasil, Coreia, Holanda e Rússia defendem prioridade do ensino técnico para competitividade.

Um documento com oito pontos relacionados ao desenvolvimento da educação profissional foi assinado ontem sexta-feira (14) por ministros de Brasil, Coreia, Holanda e Rússia, reunidos em São Paulo. O conteúdo da carta foi apresentado durante a Conferência Internacional de Ministros – Educação para o Mundo do Trabalho: Educação Profissional, dentro da programação da WorldSkills São Paulo, que segue até domingo (16).

O que uniu países de realidades tão diferentes em torno das mesmas propostas foi a necessidade de respostas mais eficazes para os elevados índices de desemprego entre a população jovem. O encontro também foi realizado com objetivo de apoiar o desenvolvimento econômico dos países, por meio do aumento da produtividade do trabalho.

Durante a conferência, os representantes dos governos dos países apresentaram as principais políticas já desenvolvidas nesse setor. Apesar das semelhanças nos desafios que ainda precisarão enfrentar, há diferenças relevantes em como a educação profissional tem sido tratada por esses países.

De acordo com o diretor geral do Emprego e Trabalho da Coreia do Sul, Jong Kil Park, a educação profissional foi um fator-chave para o rápido desenvolvimento econômico registrado no país desde os anos 1970. O país – cujo Produto Interno Bruto (PIB) per capita saltou dos US$ 90 para US$ 28,4 mil entre 1963 e 2015 – optou, quatro atrás, por ampliar a oferta desse tipo de educação. Em 1970, formavam-se 99 mil pessoas ao ano. Em 2012, esse índice foi 18,3 milhões de pessoas. “A cada ano, dois bilhões de dólares são utilizados para financiar a educação profissional”, revelou Park.

Os Países Baixos registram algumas das as menores taxas de desemprego entre jovens de toda a União Européia: 8% contra índices que chegam a 50% na Espanha e na Grécia. Segundo a ministra da Educação, Cultura e Ciência dos Países Baixos, Jet Bussemaker, é a formação para o trabalho, disseminada em todo o sistema educacional, que permite essa diferença. De acordo com ela, os jovens do ensino secundário têm aulas teóricas e práticas ao longo de sua formação básica. Já na educação profissional, além da formação básica, os estudantes são qualificados dentro das empresas em atividades realizadas dois dias na semana.

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