Um grupo de 12 deputados americanos, todos democratas e identificados
com a ala mais à esquerda do partido, enviou na quarta-feira uma carta
ao embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Sergio Amaral, expressando
“profunda preocupação”, com a democracia e com os direitos humanos no
Brasil. O texto, de quatro páginas, afirma que o grupo de deputados tem
“sérias dúvidas”sobre a liderança do presidente Temer e sua
possibilidade de tirar o país da crise social, econômica e política.
A carta, de 18 de janeiro, afirma que desde o impeachment da presidente
Dilma Rousseff a situação institucional do país piorou e o novo governo
tem agido para proteger “políticos corruptos”. A mensagem diz ainda que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sofrido perseguição
política, lembrando que ele segue como líder político mais popular do
Brasil, que tirou milhões de pessoas da pobreza.
“Por muitos meses ele tem sido objeto de um campanha de difamação e
acusações não-comprovadas de corrupção das maiores empresas privadas de
mídia, alinhada com a elite do país”, diz o documento, que ainda critica
o juiz Sérgio Moro, afirmando que ele tem agido de forma parcial. Em
tom muito crítico, o texto afirma que algumas alegações afetam
diretamente o presidente Temer em casos de corrupção, defende o MST e se
posiciona contra a tentativa da direita de afetar a liberdade das
escolas do país.
Estes deputados, por exemplo, decidiram não participar da posse de
Trump e, na fase de definição dos candidatos, apoiavam Bernie Sanders, o
senador que é considerado socialista nos EUA. O grupo também é muito
ligado aos sindicatos americanos, que tem ligações históricas com o PT,
via CUT.
A carta afirma ainda que Lula e Dilma estão tentando provar em
diversos organismos internacionais os erros e vícios do processo de
impeachment e que o governo de Temer tem promovido “draconianos”cortes
no orçamento brasileiro. Os deputados americanos ainda criticam a PEC do
Teto, que entrou em vigor no fim do ano e que congela o crescimento dos
gastos públicos do Brasil por 20 anos, pode desfazer os ganhos sociais
dos últimos anos. Via g1;
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